CREAS de Palmitos realiza I Seminário Regional sobre Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil

Para a maioria das pessoas, 18 de maio é apenas mais um dia comum. Mas para os profissionais que trabalham na garantia dos direitos das crianças e adolescentes, a data é de extrema relevância, pois neste dia especialmente, se organiza ações de conscientização no que se refere à proteção de crianças e adolescentes, em relação à violência e exploração sexual.

Neste ano o Centro de Referência Especializado de Assistência Social – CREAS- de Palmitos realizou, no dia 26 de Maio, o I Seminário Regional sobre Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil, no Centro de Idosos Esperança. O foco foi discutir essa problemática que infelizmente faz parte da realidade dos municípios. Fizeram-se presentes representantes de 17 municípios da região e aproximadamente 100 profissionais de diversas áreas.

Durante as atividades do dia a palestrante Professora Irme Salete Bonamigo, doutora em Psicologia Social pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro discorreu sobre a violência na atualidade; Déborah Cristina Amorim, doutoranda em Serviço Social pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC palestrou sobre a violência contra crianças e adolescentes e Alda Detofol, pedagoga com ampla experiência no atendimento de crianças e adolescentes explanou sobre violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Além da palestra, neste dia as profissionais do CREAS de Palmitos, Psicóloga Luciana Maria Toniolli e Assistente Social Anaclete Secchi apresentaram o relato de experiências do município, expondo os dados de violência sexual. Na ocasião a equipe técnica do CRAS de Coronel Martins, considerando a importância da troca de experiências entre os municípios, apresentou e socializou as atividades que estão sendo desenvolvidas na Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

            Em relação à data, Anacelte explicou que deve-se à história de Araceli Cabrera Sánchez. No final de uma tarde, ela saiu da escola e esperava o ônibus na praia do Suá, na cidade de Vitória, para voltar para casa. Com nove anos incompletos naquele 18 de Maio de 1973, Araceli brincava com um gato na porta de um bar enquanto a condução não vinha. A menina nunca chegou em casa. O pai, Gabriel Crespo, desesperado, saiu à sua procura em um fusca. Espalhou fotos nas redações e cartazes pela cidade. O sumiço de Araceli logo ganhou as páginas dos grandes jornais. Seis dias depois, seu corpo foi encontrado nos fundos do Hospital Jesus Menino, na Praia Comprida, próximo ao centro da cidade. Os exames provaram que ela, mantida em cárcere privado por dias, fora drogada, estuprada e asfixiada. Assim, no ano de 2000, o Congresso instituiu 18 de maio como o Dia Nacional de Combate à Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil.

            A psicóloga do CREAS Luciana comenta que “´é preciso unir forças com os profissionais que atuam na garantia dos direitos da criança e adolescente para que possamos cada vez mais reduzir os casos de violência e exploração sexual infantojuvenil, bem como se torna imprescindível nos instrumentalizarmos ainda mais para atender/acompanhar quem teve seu direito violado”.

A violência e exploração sexual contra crianças e adolescentes é crime. É preciso agir e combater. Crianças brincam crianças não são brinquedos. Faça sua parte, denuncie.

 

Ediane Zanella

Departamento de Jornalismo e Marketing – Helfer Comunicação

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