24 de Setembro: Dia Estadual de Mobilização pelo fim da Violência e exploração sexual infanto-juvenil
Em função do grande número de casos de exploração sexual infanto-juvenil e em função de no dia 24 de setembro ter sido o dia da mobilização estadual contra este tipo de agressão, a psicóloga do CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), Luciana Maria Toniolli explicou o que caracteriza essa violência, como identificá-la e denunciá-la:
A exploração sexual é a violação fundamental dos direitos da criança. Compreende o abuso sexual por adultos e a remuneração em espécie ao menino ou a menina e a uma terceira pessoa ou várias. A criança é tratada como objeto sexual e mercadoria. A exploração sexual comercial de crianças constitui uma forma de coerção e violência contra crianças e tem relação direta com a categoria abuso sexual (intra e extra-familiar), com a pornografia, turismo sexual, a prostituição e o tráfico para fins sexuais.
Neste momento, irei me deter mais especificamente ao turismo sexual, problema este muitas vezes mascarado em nossa sociedade. Quando falamos em turismo, o que vem em nossa mente de imediato? Com certeza algo muito bom… férias, descanso, viagens. Mas muitas vezes ligado a esta imagem prazerosa do "turismo" surge um problema muito complexo/grave: o turismo sexual.
O turismo sexual caracteriza-se pelo comércio sexual em regiões turísticas, envolvendo turistas nacionais e internacionais. O principal serviço comercializado no turismo sexual é a prostituição, incluindo nesse comércio a pornografia (shows eróticos) e o turismo sexual transnacional, que acoberta situações de tráfico de pessoas para fins sexuais.
Vale salientar que na sociedade brasileira, nem sempre a exploração sexual comercial (turismo sexual, por exemplo) é identificada como violência sexual ou como abuso sexual. Porém, devemos estar cientes de que independentemente do contexto, todas as formas de violência sexual constituem abuso.
O fenômeno da violência e exploração sexual de crianças e adolescentes é identificado em todo o mundo, e essa constatação tem mobilizado diferentes segmentos da sociedade no sentido de identificar, compreender e enfrentar essa cruel forma de violação de direitos. E diante desta realidade, os profissionais do CREAS de Palmitos também estão engajados em tentar, gradativamente mudar este cenário atual.
Faça TURISMO, mas não ABUSE.
Disque 100.
Publicado por: Assessoria de Imprensa –
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