Rede de Assistência Social de Palmitos realiza conscientização sobre violência e exploração sexual infantojuvenil
Dia 18 de Maio é o Dia Nacional de Combate à violência e à exploração sexual infantojuvenil. A campanha difunde a ideia de que crianças abusadas sexualmente não falam sobre isso, por isso é importante que a sociedade perceba e defenda-as.
Na iniciativa de desenvolver esta conscientização pelo município Palmitense, equipes do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), do CREAS 9 Centro de Referência Especializado de Assistência Social), do Conselho Tutelar e do Conselho dos direitos da criança e do adolescente, guarnecidas pelas Policia Militar, realizaram entrega de material informativo a motoristas, no cruzamento das Ruas Padre Anchieta e Visconde do Rio Branco, onde se encontra o semáforo.
Foi entregue material para orientação de como proceder frente a um ato violento contra crianças e adolescentes, contendo a definição do ato de violência, como ocorre, como agir, mitos e verdades sobre a violência sexual e como denunciar.
Para a coordenadora do CRAS e Presidente do Conselho dos direitos das crianças e adolescentes, Soeli Hoppe o objetivo é que as pessoas leiam e se informem sobre as formas, os locais e métodos existentes para denunciar atos violentos contra menores. Para ela a sociedade precisa entender que “é necessário prestar atenção nas crianças e ter muito cuidado para lidar com situações desse tipo”.
Conforme a Assistente Social do Fórum da Comarca de Palmitos, Iolete de Jesus, existem grandes dificuldades em proteger os menores em função da omissão dos fatos. “Quando se descobre um caso, normalmente o sofrimento já dura anos, sendo que a criança vê o abuso como ato normal dentro do seu contexto, cresce com isso. O local em que mais se percebe os traços do abuso é na escola, onde a criança violentada se diferencia das demais pela sexualidade aflorada. Quando se descobre o ato, e este foi realizado por alguém da família, a criança é afastada e vai para o Programa de Abrigo Domiciliar. Neste caso, o agressor pode ser indiciado, pois ser considerado criminoso. Se a família não está envolvida no ato de violência, além da criança, ela também recebe tratamento psicológico.” As instituições, órgãos ou pessoas que souberem de casos e não denunciarem também são classificadas como criminosas, por omissão de informações.
Iolete acredita que ainda há um tabu social em se expor este assunto, inclusive porque, muitas vezes os atos criminosos são cometidos por algum parente próximo, o que deixa em situação vulnerável toda família. Uma das providências é qualificar professores e profissionais da educação e saúde para identificarem indícios de violação sexual.
Para denunciar procure o Conselho Tutelar ou a Delegacia de Palmitos. Ou então ligue gratuitamente para o número 100. Crianças abusadas não falam. Fale por elas.
Publicado por: Assessoria de Imprensa –
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