Vigilância Epidemiológica de Palmitos explica sobre hanseníase
O Brasil é o
segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase, segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS). Sabendo disso, a equipe da Vigilância
Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Palmitos alerta sobre a
relevância da prevenção desta doença, principalmente porque no dia 27 de
janeiro aconteceu mundialmente o dia oficial de combate a esta doença.
Conforme a Enfermeira
Franciole M. B. Mallmann a hanseníase é uma doença infecciosa, crônica, de
grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder
incapacitante, atingindo principalmente as pessoas em faixa etária
economicamente ativa comprometendo seu desenvolvimento profissional e/ou social. O
período de incubação é de em
média 2 a 5 anos.
Os sintomas apresentam-se em
forma de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte
do corpo com perda ou alteração de sensibilidade; Área de pele seca e com falta
de suor; Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas; Área
da pele com perda ou ausência de sensibilidade ao calor, dor e tato. (pessoa se
queima ou machuca sem perceber); Sensação de formigamento; Dor e sensação de
choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas,
inchaço de mãos e pés; Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face
devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e
doloridos; Úlceras de pernas e pés; Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos
avermelhados e dolorosos; Febre, edemas e dor nas juntas; Entupimento,
sangramento, ferida e ressecamento do nariz; Ressecamento nos olhos.
Os locais do corpo com maior
predisposição para o surgimento das manchas são: mãos, pés, face, costas,
nádegas e pernas. Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
Como se
transmite?
A
transmissão se dá entre pessoas. Uma pessoa doente, estando sem
tratamento, elimina o bacilo pelas vias respiratórias (secreções nasais,
tosses, espirros), podendo assim transmiti-lo para outras pessoas suscetíveis.
O contato
direto e prolongado com a pessoa doente em ambiente fechado, com pouca
ventilação e ausência de luz solar, aumenta a chance da pessoa se infectar.
Quais são os
fatores de risco para a hanseníase?
Situações de
pobreza como precárias condições de vida, desnutrição, alto índice de ocupação
das moradias e outras infecções simultâneas podem favorecer o desenvolvimento e
a propagação da hanseníase. Esta doença pode atingir pessoas de ambos os sexos
em qualquer idade em áreas endêmicas.
Como
confirmar o diagnóstico?
A
confirmação do diagnóstico é feita pelo médico por meio de exame clínico,
baseado nos sinais e sintomas detectados na observação de toda a pele, olhos,
palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular
dos membros superiores e inferiores e exame de baciloscopia para confirmação
diagnóstica.
Como é o
tratamento da hanseníase?
O tratamento
específico é encontrado nos serviços públicos de saúde e é chamado de
poliquimioterapia (PQT), porque utiliza a combinação de três medicamentos. Os
medicamentos utilizados consistem na associação de antibióticos, conforme a
classificação operacional.
Como prevenir a hanseníase?
Apesar de
não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem
evitar novos casos e as formas multibacilares, tais como:
•
diagnóstico e tratamento precoces;
• exame das
pessoas que residem ou residiram nos últimos cinco anos com o paciente;
• aplicação
da vacina BCG.
Esta é uma das mais antigas
doenças que acomete o homem. As referências mais remotas datam de 600
anos Antes de Cristo, e procede da Ásia, que, juntamente com a África, podem
ser consideradas o berço da doença. A hanseníase é uma doença que tem
cura, mas é contagiosa e necessita de atenção. Previna-se!
Publicado por: Assessoria de Imprensa –
Prefeitura Municipal de Palmitos
Jornalista Responsável: Ediane Zanella
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