Mulheres camponesas palmitenses participam de Assembleia Estadual

No dia 30 de julho, 28 mulheres de Palmitos, integrantes dos grupos de hortos medicinais do município, participaram da XII Assembleia Estadual do Movimento de Mulheres Camponesas – MMC.

 A assembleia foi um momento forte de animação e afirmação dos 31 anos de história, lutas e conquistas do movimento em Santa Catarina e contou com um público de 800 mulheres.

O 12º encontro estadual foi realizado no Clube Independente em Dionísio Cerqueira e as palmitenses foram acompanhadas pela Assistente Social da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, Rosângela do Nascimento e pelo Técnico e Extensionista da EPAGRI, Neri Otto. O encontro deste ano teve como tema, o “Projeto de Agricultura Camponesa e Feminista”, e o lema “Construindo emancipação, agroecologia, autonomia, vida”.

Houve uma troca de experiências sobre a cultura camponesa, através de palestras e conversas.  As palmitenses participaram da mística de abertura, da apresentação das regionais e pronunciamento de lideranças e autoridades. Depois foi falado sobre a trajetória histórica, política e social do MMC e à noite teve um momento cultural.

Foi realizado um amplo debate em torno da importância do MMC na emancipação e conquistas para as mulheres do campo, suas famílias e a sociedade como um todo. A Assembleia reafirmou a luta feminista, pois para o MMC, “ser feminista é lutar pelos direitos das mulheres, garantindo a permanência no campo, produção de alimentos saudáveis, ter acesso a saúde, a educação, a documentação, a ter carteira de motorista, construir coletivamente a emancipação e autonomia das mulheres, ser feminista é dizer não ao machismo e a todas as formas de violência cometidas contra as mulheres” declarou a assistente social, Rosângela do Nascimento.

O desafio que se coloca é avançar na luta pelos direitos, na organização e fortalecimento do MMC e na formação das mulheres, “neste sentido o processo da XII Assembleia afirma um plano para os próximos três anos, o qual orienta as ações do Movimento, sendo necessário para tanto uma Direção que assuma com responsabilidade, disposição e comprometimento o comando da nossa organização, construindo de forma coletiva uma pedagogia feminista de organização e luta pela autonomia e emancipação das mulheres, para a transformação da Sociedade” explicou a monitora dos grupos de chás e ervas do município Edel Schnieder.

O MMC luta constantemente pela autonomia das mulheres, para que tenham emancipação, para avançar na construção do ser mulher realizada, com documentos, tendo direito de estudar, dirigir seu carro, enfim, planejando sua vida. A XII Assembleia do Movimento de Mulheres Camponesas foi o momento de reafirmar todas essas questões e visualizar junto com as militantes os próximos passos rumo à transformação da sociedade.

Ediane Zanella

Departamento de Jornalismo e Marketing – Helfer Comunicação

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